Economia

Preço do café vai aumentar até 40% em janeiro; saiba o motivo



O preço do café atingiu o maior patamar da história, com previsão de aumento de até 40% no início de 2025. O motivo principal está na combinação de eventos climáticos extremos e uma demanda crescente, fatores que impactaram severamente a produção global.  

Alta histórica no mercado internacional  
O café arábica alcançou US$ 3,44 por libra-peso (0,45 kg), um aumento de mais de 80% neste ano. Os maiores produtores mundiais, Brasil e Vietnã, enfrentaram condições climáticas críticas. No Brasil, a pior seca em 70 anos foi seguida de chuvas intensas, enquanto o Vietnã sofreu secas prolongadas, reduzindo a oferta global em um momento de estoques baixos e aumento do consumo.  

A China, por exemplo, dobrou o consumo de café na última década, reforçando a pressão sobre os preços internacionais.  

Reajustes para o consumidor brasileiro  
As marcas nacionais já anunciaram aumentos significativos. A 3corações prevê uma alta acumulada de 41% entre dezembro e janeiro para produtos como café torrado e moído. Outros itens, como cápsulas e cappuccinos, também sofrerão reajustes de até 11%.  

Já a JDE, responsável por marcas como Pilão e L’Or, anunciou um aumento médio de 30% em janeiro, com possibilidade de novos ajustes em fevereiro. Ambas as empresas apontaram a elevação dos custos da matéria-prima como a principal razão para os reajustes.  

Impactos climáticos pesam na produção  
Fenômenos climáticos extremos têm impactado diretamente a produção. No Brasil, as chuvas prejudicaram a floração dos grãos, enquanto no Vietnã, maior produtor de café robusta, a seca comprometeu colheitas. Essas adversidades reforçam como as mudanças climáticas estão pressionando os preços agrícolas de forma generalizada.  

Segundo especialistas, o setor não consegue mais absorver os custos, resultando no repasse dos aumentos ao consumidor final.  

Estratégias para enfrentar os aumentos  
Para driblar os reajustes, consumidores podem optar por marcas mais econômicas ou blends com maior quantidade de café robusta, que tem menor custo. Também é recomendável aproveitar promoções e estoques disponíveis antes que os novos preços entrem em vigor.  

Preço seguirá em alta?  
Especialistas alertam que a tendência de alta continuará em 2025, especialmente com a expectativa de uma safra brasileira menor. A segunda commodity mais negociada no mundo, atrás apenas do petróleo, o café reflete tanto a crise climática quanto o fortalecimento da demanda global.


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